quarta-feira, 23 de março de 2016

POR UM TRIZ, OU MELHOR, POR UM PUNHO!

Olá queridos Visitantes!
Participei no dia 11 à 13 de Março,  da I ETAPA DA COPA BRASIL DE PARACANOAGEM. Foi minha estreia na modalidade. As disputas aconteceram na Raia Olímpica da USP em São Paulo.
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Disputei a prova dos 500M e 200M.
Aconteceu uma porção de coisas, que me deixaram com os nervos à flor da pele (o que, diga-se de passagem, não é legal para um atleta em competição)!
1º: Não fui informada, como paracanoísta de primeiras remadas, que eu teria que apresentar à Banca de Classificadores Funcionais um atestado médico constando minha deficiência (sim! Temos que ser classificados de acordo com a deficiência/lesão/sequela, para não haver injustiças durante os campeonatos. Minha classificação foi KL1 – Atletas que não tem força no tronco e pernas, e que utilizam apenas os braços para remar). Então, tive que sair tocando minha cadeira por São Paulo a fora, andei por Unidades de Saúde, Hospitais, para que um único medico pudesse atestar que eu realmente era Deficiente Física. Sem sucesso! Chorei, me desesperei, porque sem esse atestado não poderia ser classificada, e consequentemente, não poderia competir. “2016 Paralimpic Games” afundava devagarinho nas águas da Raia diante dos meus olhos L. Tinha apenas 2 horas para resolver essa questão de vida. Como um lampejo divino lembrei do Rodrigo, ou
melhor, Dr Rodrigo, ortopedista, aluno da FlexGym academia, a qual meu promissor Esposo Carlos Rodrigo é Professor. Enviamos o link para ele imprimir o Formulário Médico, e ele fofamente imprimiu, preencheu, Carimbou, assinou, scaneou e me reenviou J . Ao chegar esbaforida na Raia da USP, vem o Cadu aos berros: Dricaaaaaaa! Tem um médico aqui, remador, professor de Medicina da USP, amigão meu! Vai te avaliar e preencher o laudo! Abençoado Dr Felipe! Abençoado Dr Rodrigo! Dois laudos na mão! Tem gente que acha que Deus não existe! Apresentei, fui classificada e liberada às 17:58, para competir no dia seguinte J .
Chegamos ao Sábado, primeiro dia da competição, prova dos 500M. Tranquilo e favorável! Tempo da prova 3:11. Nada mal! 11 segundos abaixo da campeã da prova. Primeiro lugar!
Chegamos ao Domingo! Principal prova... Classificatória, 200M. Vamos lá!
2º Meu banco/adaptação para o Caiaque, o qual eu competiria em 30 minutos, não estava na Raia. Estava dentro da carroceria da Pick-up do Caio Ribeiro, porque o Cadu achou que ele iria tomar café mas estaria a tempo para prova. Mero engano! Quando os árbitros já estavam apostos para darem largada, meu banco chegou! Correria! Prende de cá, prende lá. Não deu! Traz fita! Amarra o cinto! Põe isso! Põe aquilo! De repente... Tchibum! Meu Caiaque virou e meu punho direito foi de encontro a quina do Deck! Dor! Pânico! Tudo Junto! Classificadora chefe (uma linda! Fátima) pede para o Arbitro geral aguardar mais 5 minutos. Dá pra ir? Dá! Lóoooooooogico! Não cheguei aqui pra parar agora!
Fui! Cheguei ao bastidor, e meu Arbitro sopra ao meu ouvido “Chega em primeiro! Tô torcendo!” . Ok! Frio na barriga. Largada! Me mantive na frente! Pá, pá, pá... Nos 70M finais, o Punho gritou, travou e eu remei praticamente com um braço só! Dor insuportável que fez meu braço todo travar! Mas, cheguei em segundo. Frustrada! P da vida, porque sabia que meu desempenho poderia ter sido melhor!
Saindo do Caiaque, aos prantos de dor, com o resultado (tempo 1:20. Inacreditável! Fiz 1:10 no treino) 2º lugar, sem a vaga Para o Mundial da Alemanha certamente. Eles já haviam avisado que só iria quem se encaixasse no Plano de Trabalho 2015/2016. Eu só estava treinando há 4 meses!
Enfim... Conheci uma porção de gente legal, passei sustos que fortaleceram meus nervos e Coração, e viajei pela primeira vez de Busão para Sampa! Expetáculo!
Mas o mais legal, foram as pessoas incríveis que me ajudaram. A minha família (Salve, Salve AZVEVEDOS) que se uniram em campanha para me ajudar financeiramente para comprar meu material de treino. À minha mãe linda e jovem, Hilda Furacão que rezou por mim e me abençoa tooodo dia; a minha filha Nickolle, por cuidar dos irmãos sozinha para que eu viajasse; a Vó Lili que me adotou como neta e me ajuda de uma maneira ímpar; a minha família Azevedo aqui do Rio (Tia Odete, Tio Rozildo, meus primos Rafa, Thiago, Márcio e Carlinhos), e quem tá nos Estados Unidos prima Daniella Azevedo em Miami, e Ana Célia em New Albany-Indiana. Obrigada pelo amor, torcida e apoio.
A família linda da FlexGym academia: Recepcionistas (Mari, Vâninha, Marjorie), as proprietárias (Dani, D. Ana Mª, Marcela), a coordenadora Claudinha e a Gerentxe mais linda e meiga do universo, Simone; Aos professores (Xúlio, Basílio, Robson, Rafa, Wolmer, Felipe, Pedrinho, Zaíra, Emerson, Alan, Olívia, Tiago, Carlos Rodrigo, Sidcley) e aos alunos, que se tornaram tão amigos quanto os professores: Hugo, Marci, Igor, Mauro, Vanessa, e uma infinidade de outros que estou conhecendo e me entrosando a cada dia. Obrigada de todo coração, pelo apoio, torcida, ajuda...
Ao meu clube Tijuca Tênis Clube, aos meus treinadores-Amigos MARAVILHOSOS de natação Carolina Santos e Menescal Pedrinha, pela paciência e incentivo, pelo carinho e cuidado.
À ex-nadadora e empresária FABÍOLA MOLINA, pela oportunidade, pelo apoio! Nada mais bonito!
Com o Cadu, meu Anjo da Guarda
À equipe CBCa pela recepção, acolhimento. A equipe de classificadores e arbitragem. Vcs são maravilhosos!
E por último, e não menos importante, ao meu treinador e amigo PEDRO SENA, por me apresentar a canoagem, por me dar a oportunidade de aprender um novo esporte, renovando minhas forças e ampliando meus objetivos. Obrigada por sua sabedoria, paciência e profissionalismo, pelos treinos... Obrigada pela palavra amiga sempre!
Vamos em frente, treinando, buscando, alcançando...
Essas medalhas são também de vcs!
PÁ NA ÁGUA!
Beijos do Tamanho do Sol!

DRICA